01 janeiro 2012

NÃO PROMETO, 2012!


2011 foi assim, ano ímpar. Adoro números ímpares.
Mas que fique claro: 2012 chegou. E agora são os pares meus preferidos.

Nesse ano quero assumir minha personalidade sem medo de improvisar, de errar, e de quase sempre rir.
Não quero mais pensar no que eu faria se tivesse determinada coisa, mas decidir o que fazer com o que tenho.
E se não está bom, por que então ficar com isso?
Pretendo reclamar menos das toalhas que não enxugam e usá-las mais, até que elas fiquem perfeitas para acolher o corpinho molhado.
Aliás, está também nas minhas metas cuidar mais da saúde. Consumir menos condimentos. Sentir mais o sabor dos alimentos. Desenfrear a paciência. Ser mais atenciosa. Elogiar mais. Desacelerar no trânsito, cumprimentar os motoristas no sinaleiro, usar menos o ar-condicionado e andar mais com os vidros abertos.
Após muitos anos quero deixar o cabelo crescer. Usar esmaltes multicoloridos. Passar fio dental todos os dias. Usar biquíni “enfiadinho” na praia. E também um maiô bem comportado, que talvez dê mais o quê falar. Não penso em tatuagem, mas quem sabe um dread?

Vou falar mais o que penso, e antes disso ouvir tudo. Ouvir sempre. Ouvir mais.
Trabalho voluntário? Só se ele também for benéfico pra mim.
Também quero dizer mais “não” as imposições que a sociedade faz, e mais “sim” aos que dizem precisar de mim.
Observar mais vezes o nascer do sol.

Refletir.

Entender.

Ou não entender.

Quero defender ainda mais o lado feminino, conhecer novos amigos. E amar.
Preciso me apaixonar mais. E sofrer na mesma proporção.
Vou tentar deixar à mostra o meu espírito revolucionário, ter uma vida menos capitalista, participar de manifestações em prol da paz na Palestina mesmo que isso já tenha saído de moda e mesmo após tantas dores de cabeça no ano passado. Usar roupas que ainda estão com a etiqueta há meses no armário e que eu sempre digo “vou guardar pra uma oportunidade especial”.

2012 é a chance.
2012 é o evento.

Tô mesmo recebendo o ano de braços abertos. E não quero esperar nada em troca, apesar de torcer por um roteiro otimista.
Em 2011 pedi perdão, sem medo. Em 2012, ainda espero respostas, mas não me culpem se eu não correr atrás. Reconhecer erros não é se humilhar sempre!
Espero que me amem do jeito que sou. E se não quiserem, não me amem. Vou precisar também de muita compreensão. E saibam, sempre, que tudo o que fiz foi pensando na sua felicidade. Mas principalmente na minha. Porque precisamos de uma pequena dose de egoísmo pra viver em paz.

E se eu não fizer nada disso em uma semana, um mês, então esqueça tudo e não espere mais nada de mim.
Porque protelar é ser covarde.
E a melhor lição que eu aprendi em todas as viradas de ano é não deixar pra depois o que se pode fazer agora. Já. Mesmo que você tenha sono. Mesmo que você esteja bêbado. Mesmo que você não tenha dinheiro. Mesmo que você tenha um compromisso. Mesmo que seja de madrugada. E chega de desculpas. O depois... Fica sempre pra depois.

Eu quero sim. E eu quero agora.

E torço para que vença o melhor. E o mais fraco.

E que prevaleça sempre a humildade.

Silvia Valim

NÃO PROMETO, 2012!


2011 foi assim, ano ímpar. Adoro números ímpares.
Mas que fique claro: 2012 chegou. E agora são os pares meus preferidos.

Nesse ano quero assumir minha personalidade sem medo de improvisar, de errar, e de quase sempre rir.
Não quero mais pensar no que eu faria se tivesse determinada coisa, mas decidir o que fazer com o que tenho.
E se não está bom, por que então ficar com isso?
Pretendo reclamar menos das toalhas que não enxugam e usá-las mais, até que elas fiquem perfeitas para acolher o corpinho molhado.
Aliás, está também nas minhas metas cuidar mais da saúde. Consumir menos condimentos. Sentir mais o sabor dos alimentos. Desenfrear a paciência. Ser mais atenciosa. Elogiar mais. Desacelerar no trânsito, cumprimentar os motoristas no sinaleiro, usar menos o ar-condicionado e andar mais com os vidros abertos.
Após muitos anos quero deixar o cabelo crescer. Usar esmaltes multicoloridos. Passar fio dental todos os dias. Usar biquíni “enfiadinho” na praia. E também um maiô bem comportado, que talvez dê mais o quê falar. Não penso em tatuagem, mas quem sabe um dread?

Vou falar mais o que penso, e antes disso ouvir tudo. Ouvir sempre. Ouvir mais.
Trabalho voluntário? Só se ele também for benéfico pra mim.
Também quero dizer mais “não” as imposições que a sociedade faz, e mais “sim” aos que dizem precisar de mim.
Observar mais vezes o nascer do sol.

Refletir.

Entender.

Ou não entender.

Quero defender ainda mais o lado feminino, conhecer novos amigos. E amar.
Preciso me apaixonar mais. E sofrer na mesma proporção.
Vou tentar deixar à mostra o meu espírito revolucionário, ter uma vida menos capitalista, participar de manifestações em prol da paz na Palestina mesmo que isso já tenha saído de moda e mesmo após tantas dores de cabeça no ano passado. Usar roupas que ainda estão com a etiqueta há meses no armário e que eu sempre digo “vou guardar pra uma oportunidade especial”.

2012 é a chance.
2012 é o evento.

Tô mesmo recebendo o ano de braços abertos. E não quero esperar nada em troca, apesar de torcer por um roteiro otimista.
Em 2011 pedi perdão, sem medo. Em 2012, ainda espero respostas, mas não me culpem se eu não correr atrás. Reconhecer erros não é se humilhar sempre!
Espero que me amem do jeito que sou. E se não quiserem, não me amem. Vou precisar também de muita compreensão. E saibam, sempre, que tudo o que fiz foi pensando na sua felicidade. Mas principalmente na minha. Porque precisamos de uma pequena dose de egoísmo pra viver em paz.

E se eu não fizer nada disso em uma semana, um mês, então esqueça tudo e não espere mais nada de mim.
Porque protelar é ser covarde.
E a melhor lição que eu aprendi em todas as viradas de ano é não deixar pra depois o que se pode fazer agora. Já. Mesmo que você tenha sono. Mesmo que você esteja bêbado. Mesmo que você não tenha dinheiro. Mesmo que você tenha um compromisso. Mesmo que seja de madrugada. E chega de desculpas. O depois... Fica sempre pra depois.

Eu quero sim. E eu quero agora.

E torço para que vença o melhor. E o mais fraco.

E que prevaleça sempre a humildade.

Silvia Valim