Drinques
Num bar qualquer. De preferência escuro. Depois de algumas bebidas.
Ela: Você sabe onde é o banheiro?
Ele: Você pode estar utilizando aquele da esquerda.
Ela: Gerundismo a essa hora da noite?
Ele: Consulto muito o telemarketing.
Ela: Por Deus...
Ele: Talvez tenha sido um ato falho.
Ela: Eu pedi para você deixar Freud em casa.
Ele: Ele me persegue... E você... que falou em Deus!
Ela: Mande-o embora. Deus fica.
Ele: É falta de educação.
Ela: Serei obrigada a chamar Camus.
Ele: Gosto de Camus. Mas digo a Freud que precisamos ter uma conversa a sós.
Ela: Diga que você precisa de liberdade.
Ele: Por favor, eu tenho 30 anos, moro com minha mãe e você vem falar em liberdade? E não me avalie por isso.
Ela: Não estou em condições de avaliá-lo. A crise capitalista também me pegou.
Ele: Mãe?
Ela: Mãe e pai.
Ele: Desculpe. E eu aqui falando de mim. Sua situação é muito pior.
(Olham por um minuto um casal de surdos conversando em língua de sinais)
Ela: Será que os surdos fazem sexo oral?
Ele: Esse papo não é muito pesado pra Deus?
Ela: Ele foi ao banheiro. Será que fazem?
Ele: Se eles tiverem dentes não vejo problemas. A leitura não é em braile?
Ela: Acho que você está confundindo com os albinos.
Ele: Você nunca cansa?
Ela: Às vezes. Mas eu nunca admiti isso pra você.
Ele: O quê você disse?
Ela: Eu disse nunca. Nunca canso.
Ele: Seu amigo, Deus, está demorando, não acha?
Ela: Se acalme. Em breve ele voltará.
Ela: Você sabe onde é o banheiro?
Ele: Você pode estar utilizando aquele da esquerda.
Ela: Gerundismo a essa hora da noite?
Ele: Consulto muito o telemarketing.
Ela: Por Deus...
Ele: Talvez tenha sido um ato falho.
Ela: Eu pedi para você deixar Freud em casa.
Ele: Ele me persegue... E você... que falou em Deus!
Ela: Mande-o embora. Deus fica.
Ele: É falta de educação.
Ela: Serei obrigada a chamar Camus.
Ele: Gosto de Camus. Mas digo a Freud que precisamos ter uma conversa a sós.
Ela: Diga que você precisa de liberdade.
Ele: Por favor, eu tenho 30 anos, moro com minha mãe e você vem falar em liberdade? E não me avalie por isso.
Ela: Não estou em condições de avaliá-lo. A crise capitalista também me pegou.
Ele: Mãe?
Ela: Mãe e pai.
Ele: Desculpe. E eu aqui falando de mim. Sua situação é muito pior.
(Olham por um minuto um casal de surdos conversando em língua de sinais)
Ela: Será que os surdos fazem sexo oral?
Ele: Esse papo não é muito pesado pra Deus?
Ela: Ele foi ao banheiro. Será que fazem?
Ele: Se eles tiverem dentes não vejo problemas. A leitura não é em braile?
Ela: Acho que você está confundindo com os albinos.
Ele: Você nunca cansa?
Ela: Às vezes. Mas eu nunca admiti isso pra você.
Ele: O quê você disse?
Ela: Eu disse nunca. Nunca canso.
Ele: Seu amigo, Deus, está demorando, não acha?
Ela: Se acalme. Em breve ele voltará.