17 março 2009

CRISE

Proposta de Emenda Constitucional vincula incentivos fiscais à manutenção de empregos


Para entender
Estados unidos: final de 2001. Com os atentados ao World Trade Center, a política do país americano foi a de baixar a taxa de juros para aquecer a economia, desviando a atenção da tragédia ocorrida no país. Os bancos cobriam todos os riscos e com isso a compra de imóveis aumentava. Em seguida, preocupado com a diminuição dos investimentos internacionais no país, o governo norte-americano decide elevar repentinamente a taxa de juros na tentativa de tornar o mercado mais atrativo aos olhos estrangeiros. Impossibilitados de pagar os financiamentos por causa das altas taxas cobradas os estadunidenses se viram endividados e os bancos - que pareciam imunes a qualquer drama financeiro - quebraram. As compras em todos os setores reduziram e com a economia parada, chega também o desemprego. Os problemas internos dos Estados Unidos repercutiram numa tensão econômica internacional. Um colapso na bolsa de valores de Nova Iorque em 2007 foi a deixa final de que uma crise financeira atingiria o mundo. A queda nos mercados acionários tornou-se um dos reflexos mais visíveis da crise. No Brasil, investidores temem oscilações e os estrangeiros que aplicam no país vendem suas ações aqui para pagar as dívidas que deixaram lá fora. O aumento dos juros é o que mais aflige os economistas brasileiros. A preocupação é com a queda nos investimentos que lideram a expansão do PIB no país. Mesmo com duas reduções feitas só neste ano, a taxa Selic praticada no Brasil é de 11,25 % - hoje a mais alta do mundo. Fato que pode desacelerar a economia.
O economista e professor universitário em Curitiba, Gilmar Lourenço, diz que ao contrário do pensam muitos consumidores, “a hora é de comprar, mas comprar com cautela”. É preciso aproveitar promoções e evitar financiamentos a longo prazo. “Se tiver que comprar um bem à prazo, tem que ser feita uma avaliação muito precisa para analisar se o orçamento cabe no bolso do comprador. A taxa Selic pode inibir o consumo, o investimento, além de tornar o crédito muito caro no Brasil”, confirmou. Em novembro do ano passado o Governo do Paraná organizou um seminário intitulado Crise, Rumos e Verdades debateu entre economistas, professores e autoridades governamentais os efeitos da crise financeira internacional. Para o Senador Aloísio Mercadante (PT), a resposta para evitar uma recessão é fortalecer as políticas públicas entre os países latino-americanos. “A economia brasileira tem que se defender como os demais países da região. Mas nós temos que avançar na integração, na coordenação macro-econômica, no FOCEM – (Fundo de Convergência Estrutural do Mercosul). A resposta é mais integração e avanço na construção da Unasul (União de Nações Sul-Americanas)”.
Já alguns economistas defendem novas práticas tributárias eficientes para que de fato se possa frear o endividamento e impulsionar o consumo, como Francisco de Assis Inocêncio, de São Paulo. "As pessoas têm que consumir, mas não basta dar capacidade para elas consumirem, se elas estão endividadas. Nós temos que criar meios para que os recursos cheguem de forma direta às famílias, possibilitando a elas fôlego e nova capacidade de consumo” afirmou o economista durante o Seminário em Curitiba.
O economista cita o projeto de reforma tributária do Governo do Paraná como uma das alternativas criadas para tentar diminuir os efeitos da taxa de juros praticada no Brasil. A matéria prevê a redução do ICMS (Imposto sobre circulação de Mercadorias e Serviços) de 95 mil produtos de alto giro como materiais de higiene e limpeza, alimentos perecíveis, peças do vestuário e eletrodomésticos, "tudo aquilo que compramos com o nosso salário. Mais consumo, mais produção. Mais produção, mais empregos e salários garantidos. É isso o que conta" disse o governador Roberto Requião que assinou a lei de redução do ICMS em dezembro/2008 e anunciou um prazo de 90 dias para que os estabelecimentos comecem a fazer o repasse da redução aos consumidores. Com a redução, os preços praticados devem ser quase iguais aos do ano passado. Ou seja, sem o aumento por conta da taxa de juros imposta pelo Governo Federal.
Os produtos da cesta básica que já recebiam isenção de ICMS permanecem com o benefício. O Estado apenas ampliou o número de mercadorias com redução da alíquota. Os descontos caem de 24 e 18 para 12%.
Os mercados devem ser os mais beneficiados com esse projeto, pois possuem a maioria dos itens com redução. O presidente da Associação Paranaense de Supermercados - APRAS, Irineu Ferrari, disse ver vantagens para o consumidor e para os comerciantes com o projeto. Segundo ele, a APRAS recomenda que todos os mercados paranaenses façam o repasse do desconto do ICMS ao consumidor. “O lojista ganha porque terá um aumento de venda. É óbvio que se tiver mais gente dentro da loja, você vende mais. Se conseguir vender por um preço menor, o consumidor fica com mais dinheiro no bolso e com isso consegue comprar mais.” complementou Ferrari.
Por outro lado, o economista Gilmar Lourenço explica que a lei pode perder a eficácia caso o abatimento não seja repassado aos consumidores. Para ele, os empresários não precisam temer a lei e sim compreender que a economia precisa ser aquecida. “O preço do dinheiro tem que baratear para que as pessoas possam consumir, mas sem se endividar. Dessa forma as empresas podem girar os seus negócios e ampliar os seus investimentos” finalizou.
O deputado estadual Cláudio Romanellu (PMDB-PR), lançou no início do ano uma proposta de emenda constitucional (PEC) que vincula incentivos fiscais à manutenção de empregos. A idéia é estimular empresas que mantiverem e gerarem empregos no período da crise. A votação aconteceu no dia 11 de março, mas foi reprovada. Para aprovação da PEC era preciso pelo menos 33 votos, mas apenas 32 deputados foram favoráveis. Nove parlamentares votaram contra e 12 não participaram da Sessão, a maioria desses aliados ao governo. O Ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, que esteve na capital paranaense no início do mês, criticou os deputados estaduais que faltaram à votação, atribuindo a eles a não aprovação da emenda. “Falharam os parlamentares que estavam ausentes. Caso contrário haveria votos suficientes para aprovar a medida. Lamentavelmente, o pessoal estava ausente”.
Nos dias 25, 26 e 27 deste mês o Paraná vai sediar outro seminário para debater a crise e elaborar outras sugestões para enfrentar o problema, desta vez em Foz do Iguaçu. A Paraná Educativa já divulgou na sua programação que vai transmitir o evento ao vivo, além de anunciar a cobertura também pela internet na página http://www.crise.pr.gov.br/


13 março 2009

Construção











05 março 2009

COLLOR NO SENADO?

Avaliando projetos do PAC?

A votação era entre o Fernandinho(PTB) e Ideli Salvati, do PT.
13 a 10 para o ex-presidente.

Agora ele é líder da Comissão de infra-estrutura do Senado.
Pode convocar reuniões, definir a pauta de votações, indicar relatores de projetos e fazer festinhas particulares sem dar satisfações da putaria a ninguém.

Um amigo me liga pra dizer: "Ô, não li nenhuma notícia tua sobre essa putaria do Collor"!
NOTICIAR O QUÊ?

A meu ver o cargo tinha que ficar no PT. Mas fazer O QUÊ se nosso país ama a democracia?

É a vidinha!


OBS: Aceitamos críticas construtivas. Para o governo, claro!