21 agosto 2006

Graças a Deus!

Sinto-me envergonhada, principalmente em ano de campanha política, de ver as diversificadas apologias políticas em um mesmo grupo. É desonesto. É imoral.
Constituir critérios para a criação de novos partidos e excluir esses “nanicos”, que não têm representação nenhuma, é dever dos nossos governantes. Governantes estes que trabalham em prol dos banqueiros, dos bem afortunados, da política que tira dos pobres para dar aos pobres. Sim, porque com a carga generosa de impostos em cima do pão que a gente come (que o pobre come), é dinheiro que vai e ficamos na ilusão de que volta.
E esses partidos não-idealistas, que não possuem nenhuma representatividade perante o legislativo, têm um só objetivo — fazer negociatas com os “grandes” para acarretar cargos políticos. E assim vai sendo conduzido o nosso país: O abismo da contrafação.
Fiquei submersa na minha ingenuidade como estudante do assunto de ver na coluna do Clóvis Rossi, na Folha, o acordo que a Rede Globo fez. A rede foca nas passeatas todos os candidatos para dar a impressão de que estão sendo seguidos por uma multidão e em troca não levam ao debate da Emissora os candidatos com menos chance de eleição.
É claro que Cristovam Buarque, José Maria Eymael, Luciano Bivar, Rui Costa Pimenta e Cia Ltda não possuem chance alguma de pegar a faixa de palhaço mor do Brasil. Além de serem completos beócios no assunto (aliás, quem não foi até hoje?), não têm eloqüência, não possuem estratégias e nenhum projeto plausível para o governo. O Cristovam é tão mentecapto que só fala em educação! Eles, juntos, formam um circo completo. Apóio, inclusive, que os jornalistas levem bananas ao invés de microfone nos próximos debates. Mas será que não é visível que estes “candidatos sem chance” querem apenas aguardar o segundo turno para começarem seus acordos com os nossos futuros prováveis presidentes? Não é óbvio que além de, claro, limpar a bancada dos debatedores, os nanicos ficam em casa comendo goiaba com mel e esperando o milagre cair no colo?
Então você me pergunta: “e daí”? E daí que esses bananas estão levantando as mãos para o céu. Não dar oportunidade para falarem em público é facilitar o trabalho deles. É dar chance a quem não tem. Na hora do segundo turno, vão oferecer até a mãe pra esses imbecis apoiarem o Alckmin ou a Heloísa Helena.
E o Lula? O Lula tá dando risada. Nem no debate da Band foi. Deixou a candidata arretada gastar saliva com os naniquinhos e ficou em casa coçando o dedo. O sexto, do pé. Argh!
Sabe o que deveria ser manchete nos jornais? “POR QUÊ LULA QUER TANTO SE REELEGER, MESMO APÓS TER SIDO MULTADO EM 900 MIL REAIS PELO TRE POR CAMPANHA PRECIPITADA SENDO QUE, SE FOR CALCULADO SEU SALÁRIO (O QUE DEVERIA SER, DE FATO) EM QUATRO ANOS, NÃO DÁ ISSO? E, SE O DINHEIRO PARA PAGAR A MULTA TEM QUE SER PESSOAL, COMO LULA FARÁ ISSO SE SUA DECLARAÇÃO DE BENS É DE MENOS QUE 400 MIL REAIS?”.
A manchete ficaria fora dos padrões, mas merece destaque. Tem gente por aí que fala que a Folha de São Paulo subestima o leitor. Eu mesma sou dessa opinião. Mas não é disso que o povo gosta?
Ah, se eu pudesse inserir neurônios na cabeça da Darlene, que vai votar pra deputado no QI-Ericsson, o que fez greve de fome.
Já anunciei na roda de chopp ontem, vou me apelidar de NULO e me candidatar à presidência. Da Argentina, claro. Lá eu ganho em primeiro turno. Sou católica.

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