23 junho 2006

Tenzin Chopell


Há um tempinho atrás li uma crônica do Tenzin Chopell, péssima por sinal, onde ele falava do casamento e de como ele – o casamento – tem fortes tendências a se tornar uma instituição falida. Fui obrigada a lembrar das palavras dele ontem, ao ser interrogada por um amigo do porquê não havia me casado quando fiquei noiva, há dois anos atrás.
Chopell me veio à cabeça porque, na hora de fugir do altar, pensei no casamento como um negócio, um empreendimento entre duas pessoas. E como nós formávamos um casal de arruinados, nossa empresa convictamente não iria lá ser um prêmio de merchandising.
É claro que todos os casamentos não podem ser baseados nesta opinião de esgotamento conjugal. Alguns casais, como meus pais, formam pares delirantes, são pau-pra-toda-obra e sentem um vazio imenso quando têm que dormir separados. Se amam e se odeiam, mas acima de tudo se amam. Mas ali, no meu caso, seria sexo, contas em conjunto e sexo e sexo de novo
. Não que sexo seja ruim, mas um amor de vez em quando cai bem. E ele também não curtia Led.
E falando em amor, hoje ouvi da Janis Joplin “don´t you want somebody to love, don´t you need somebody to love. You better found somebody to love” e ali me deparei com uma intrigante idéia. Acho que ela falava comigo. Tenho certeza de que ela falava comigo. Talvez isso não resolva todos meus problemas, que cá entre nós são um frenesi em esmorecimento. Mas quem sabe, seguindo os conselhos da pirada Janis, eu não mudo essa opinião sorumbática sobre a vida a dois e tente, daqui a uns bons e sórdidos longos anos de solidão, arranjar um belo par de olhos míopes pra me chamar de "benhê".

2 Comments:

Anonymous Anônimo said...

Casamento não é para todos. Vida a dois, em dois, por dois, com dois, envolve muito comprometimento, entrega, tolerância e coração e cabeça aberta.

28/06/2006, 11:30  
Anonymous Anônimo said...

será que sigo o conselho de Dalai Lama?

30/06/2006, 03:15  

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