04 julho 2006

Hexa sonho il a fini

Touché, brasileirinhos.
O hexa sonho il a fini.
Oui!
Pra mim nunca foi sonho. Não mesmo. Pode perguntar pra minha mãe.
Mas tem gente por aí ouvindo Aznavour e chorando as pitangas, mon amour.
Confesso sem vergonha nenhuma: torci contra!
- “Ah, mas que falta de patriotismo!” – disseram uns e outros.
Falta de patriotismo é a caralha da sua vida!
Nacionalidade é que nem pai e mãe, a gente não escolhe, aceita.
Se nós vamos gostar deles, é outro assunto. Uhum.

Do Brasil eu só quero a feijoada e o queijo minas. Porque afinal, nem a bossa nova é nossa.
E adieu.

03 julho 2006

Poodles! Eu os odeio.

Começo a pensar no poder incrível que nós mulheres temos, e nem sempre sabemos aplicar. Deparei-me com essa reflexão ridícula de quem não tem o que fazer depois de ter pego meu possante hoje cedo e visto um senhor beirando seus 50 anos, segurando pela corrente um poodle (detesto poodle) branco-semi-árido (branco então é de foder), daqueles mais deprimentes e esnobes, defecando na grama “verde-seleção-de-volta-pra-casa” que meu vizinho Ricardo Teixeira estava podando ontem à tarde.
O que me chamava atenção não era um homem de 60 anos segurando um cachorro (só utilizo esse nome pra variar de substantivo porque, não era um cachorro, era um poodle) pra ele cagar, nem a grama “verté-seleção-de-retour-pra-casa”, que pra falar a verdade, tava linda de se ver. O que me deixava de cabelos em pé, é que o au-au vestia uma roupinha de inverno “cor-de-rosa-olhem-pra-mim” e oras, ainda não eram oito horas. Rimou.

Qualé, oito horas os escravoradores estão saindo para suas empresas; é o horário que passa o entregador do jornal com o capacete segurando o bafão que bate-e-rebate no visor e o infeliz tem que agüentar senão leva multa do filho-da-puta do guarda de trânsito que toma mingau de aveia com shoyo todo dia de manhã; horário em que sua empregada está chegando pra levar uns amassos do seu maridão-mela-cueca na cozinha, enquanto você vai pro trabalho pegar no silicone da sua colega gostosa que tem um caso com o chefe, cuja esposa tem um caso com o Secretário Nacional das Forças Armadas, que por sinal, tem pinto pequeno, mas usa uniforme e um belo par de coturnos; horário em que seus filhos vão pra escola fumar o primeiro cigarro de suas vidas e serem expulsos por passar a mão na bunda daquela freirinha apetitosa que dá aula de educação artística; e o velho lá, orgulhoso de carregar o poodle malecafento. Ai, perdi o fôlego! É tanta merda.

Bem, como a inveja ainda não mata, estou aqui viva pensando no que a baranga da mulher desse velho faz de tão especial para mantê-lo assim, tão, tão, babaca por ela. É, babaca. Porque o amor é lindo, mas você há de concordar que passear com um poodle de pêlos raspados, com o cu à mostra – a igreja católica deveria proibir isso - e um vestidinho de lã “rosa-choque-pena-de-morte” em plena segunda-feira de manhã já é demais.
Ah, você deve estar se perguntando o que há de errado em levar o cachorro pra fazer cocô. Se eu não sou alguma doente mental (disso meu pai tem certeza) só porque o cachorro cagou na grama do vizinho. Não, eu não estou nem aí pro vizinho. Até eu cago na grama dele se me der na telha. Mas, Dízãs, como eu odeio os poodles! E eu cuspo nos maridos babacas. O fato é que, os poodles – aliás, já disse como eu os odeio? – são bichos nojentos à beça. Macacos me mordam, além de cagar e urinar no poste de luz em frente a casa daquela sua vizinha que parece o Sidney Magal e canta “Aleluia! Aleluia! Aleluia! Louvemos ao senhor” todo dia as quatro da tarde, eu, como tava dizendo, odeio os poodles. Além de ser inimigo dos cockers e ser uma pulga sarnenta perto dos dobermans, que são mais másculos, fortes e sarados que os poodles – que são feios pra caralho – enfim, eu os odeio.

Bem, como eu tava dizendo, além de ser feio, horripilante, execrável, nojento pra xuxu, e convenhamos, xuxu também é uma merda, os poodles cagam que é uma beleza. Mas cagam demais. Se eu aparecer lá em casa com um poodle meu pai me tira do testamento três vezes, pra garantir que eu vou morrer pobre, feia e cagada, feita um poodle.
Sabe aquela mulher do teu prédio que sai cedo pra malhar? Malhar no sentido do exercício físico mesmo, aquele que pode tirar essa sua barriga de cerveja que você ta criando desde os 18 e que sempre fala, “nessas férias eu começo”. Então, essa tua vizinha - ela sai com o cabelo penteadinho, cheirando aquele perfume que você sempre sonhou sentir na pele da tua esposa e com aquela calça curta justinha pronta pra atolar o pé na lama com aquele pézinho bem lavado e cheirando a talquinho, então... Ela sai pra malhar e pisa no cocô do poodle do senhor babaca. Well, nem você resiste ao charme daquela loira de peitos grandes se você souber que ela pisou no cocô de um poodle. Imagine a cara senhora sua mãe, dona Carmélia, depois de ver o carpet “bege-desbotado-parrisiense” que ela comprou na Casas Pernambucanas em 15 prestações, com um belo rastro de bosta de ponta a ponta e pior, cagado por um poodle. Imaginou? Pois é. Nem ela, nem você e muito menos eu iria agüentar.

Já falei que eu ganhei um poodle de uma namorado uma vez? Namorado!! Aquilo não é namorado, aquilo era o caveira do He-Man disfarçado de Pokemón. Pois é, eu e o Pokaveira acabamos no mesmo dia. Claro que, aparentemente, não tinha nada a ver com o poodle, mas enfim, acabou. Vai ver que até azar o desgraçado desse bicho dá. Mas é claro que só pode dar zebra ter uma peste dessas. Era só o que me faltava, um poodle. Tô até me vendo lá no parque Barigüi passeando com a animalzinha com o rabo cortado em pé, arrastando asa (ou seria o ...? Deixa quieto.), para aquele pastor alemão que late “hergekommen minha nêga” ao invés do cadelo poodlegay-mini-toy da madame Bouvary que passeia de bobes no cabelo tentando encontrar o professor Girafalez.
But, óxenti, uai, como de boba eu só tenho a cara e o resto, eu terminei com o desalmado e devolvi a ele o presentinho de grego de muito, muito mau gosto, dizendo que eu não merecia ficar com ele, que era muito pra mim. E não “merecia” mesmo, uai. Era “muita” sacanagem. Aliás, como dizia a ex do fenôôôôôôômeno da incompetência, “ninguém merece”. Pelo menos aqui aquela boca de sapo serviu pra alguma coisa. Ó, Dízãs, não, tô me lembrando. Quem dizia isso era aquela paulista tagarela do Big Brother 1, 2 ou 3, sei lá qual, que noivou com o cozinheiro gostosão (falando em babaca...). Bem, o fato é que, realmente, eu sabia que a boca de girino não servia pra bulhufas.
Mas, eu comecei a excrementa dessa vadia desse texto porquê diabos mesmo? Aññh, vamos ver. Ah, nós mulheres e nosso poder. Lembrei! E é verdade, veja quanto poder temos pra falar mal dos poodles, não acha? Não acha? Posso testar com você. Hum, o que eu vou te dizer? Dane-se! Que eu já to danada que acabou meu rivotril.