Bem, como a inveja ainda não mata, estou aqui viva pensando no que a baranga da mulher desse velho faz de tão especial para mantê-lo assim, tão, tão, babaca por ela. É, babaca. Porque o amor é lindo, mas você há de concordar que passear com um poodle de pêlos raspados, com o cu à mostra – a igreja católica deveria proibir isso - e um vestidinho de lã “rosa-choque-pena-de-morte” em plena segunda-feira de manhã já é demais.
Ah, você deve estar se perguntando o que há de errado em levar o cachorro pra fazer cocô. Se eu não sou alguma doente mental (disso meu pai tem certeza) só porque o cachorro cagou na grama do vizinho. Não, eu não estou nem aí pro vizinho. Até eu cago na grama dele se me der na telha. Mas, Dízãs, como eu odeio os poodles! E eu cuspo nos maridos babacas. O fato é que, os poodles – aliás, já disse como eu os odeio? – são bichos nojentos à beça. Macacos me mordam, além de cagar e urinar no poste de luz em frente a casa daquela sua vizinha que parece o Sidney Magal e canta “Aleluia! Aleluia! Aleluia! Louvemos ao senhor” todo dia as quatro da tarde, eu, como tava dizendo, odeio os poodles. Além de ser inimigo dos cockers e ser uma pulga sarnenta perto dos dobermans, que são mais másculos, fortes e sarados que os poodles – que são feios pra caralho – enfim, eu os odeio.
Bem, como eu tava dizendo, além de ser feio, horripilante, execrável, nojento pra xuxu, e convenhamos, xuxu também é uma merda, os poodles cagam que é uma beleza. Mas cagam demais. Se eu aparecer lá em casa com um poodle meu pai me tira do testamento três vezes, pra garantir que eu vou morrer pobre, feia e cagada, feita um poodle.
Sabe aquela mulher do teu prédio que sai cedo pra malhar? Malhar no sentido do exercício físico mesmo, aquele que pode tirar essa sua barriga de cerveja que você ta criando desde os 18 e que sempre fala, “nessas férias eu começo”. Então, essa tua vizinha - ela sai com o cabelo penteadinho, cheirando aquele perfume que você sempre sonhou sentir na pele da tua esposa e com aquela calça curta justinha pronta pra atolar o pé na lama com aquele pézinho bem lavado e cheirando a talquinho, então... Ela sai pra malhar e pisa no cocô do poodle do senhor babaca. Well, nem você resiste ao charme daquela loira de peitos grandes se você souber que ela pisou no cocô de um poodle. Imagine a cara senhora sua mãe, dona Carmélia, depois de ver o carpet “bege-desbotado-parrisiense” que ela comprou na Casas Pernambucanas em 15 prestações, com um belo rastro de bosta de ponta a ponta e pior, cagado por um poodle. Imaginou? Pois é. Nem ela, nem você e muito menos eu iria agüentar.
Já falei que eu ganhei um poodle de uma namorado uma vez? Namorado!! Aquilo não é namorado, aquilo era o caveira do He-Man disfarçado de Pokemón. Pois é, eu e o Pokaveira acabamos no mesmo dia. Claro que, aparentemente, não tinha nada a ver com o poodle, mas enfim, acabou. Vai ver que até azar o desgraçado desse bicho dá. Mas é claro que só pode dar zebra ter uma peste dessas. Era só o que me faltava, um poodle. Tô até me vendo lá no parque Barigüi passeando com a animalzinha com o rabo cortado em pé, arrastando asa (ou seria o ...? Deixa quieto.), para aquele pastor alemão que late “hergekommen minha nêga” ao invés do cadelo poodlegay-mini-toy da madame Bouvary que passeia de bobes no cabelo tentando encontrar o professor Girafalez.
But, óxenti, uai, como de boba eu só tenho a cara e o resto, eu terminei com o desalmado e devolvi a ele o presentinho de grego de muito, muito mau gosto, dizendo que eu não merecia ficar com ele, que era muito pra mim. E não “merecia” mesmo, uai. Era “muita” sacanagem. Aliás, como dizia a ex do fenôôôôôôômeno da incompetência, “ninguém merece”. Pelo menos aqui aquela boca de sapo serviu pra alguma coisa. Ó, Dízãs, não, tô me lembrando. Quem dizia isso era aquela paulista tagarela do Big Brother 1, 2 ou 3, sei lá qual, que noivou com o cozinheiro gostosão (falando em babaca...). Bem, o fato é que, realmente, eu sabia que a boca de girino não servia pra bulhufas.
Mas, eu comecei a excrementa dessa vadia desse texto porquê diabos mesmo? Aññh, vamos ver. Ah, nós mulheres e nosso poder. Lembrei! E é verdade, veja quanto poder temos pra falar mal dos poodles, não acha? Não acha? Posso testar com você. Hum, o que eu vou te dizer? Dane-se! Que eu já to danada que acabou meu rivotril.